Em uma reviravolta inesperada, a Humane, a controversa startup de Inteligência Artificial (IA) por trás do polêmico AI Pin, está supostamente tentando se vender para a HP por impressionantes US$ 1 bilhão. Essa notícia chocante vem logo após a recepção morna do produto pela crítica e relatos de problemas técnicos significativos.
3 Principais Destaques
- A Humane pode estar procurando um comprador para seu negócio de AI Pin, com a HP sendo uma potencial interessada.
- Apesar de um objetivo ambicioso de 100.000 unidades vendidas neste ano, a Humane havia recebido apenas cerca de 10.000 pedidos do AI Pin até abril.
- Embora tenha havido críticas substanciais ao AI Pin, a Humane parece ter ignorado os alertas sobre os problemas do produto, preferindo o “positivismo à crítica”.
O Acordo Potencial
De acordo com o The New York Times, a Humane começou a conversar com a HP sobre uma possível venda por mais de US$ 1 bilhão cerca de uma semana após as primeiras resenhas críticas surgirem, amplamente criticando seu computador portátil de IA de US$ 699.
Um Preço Alto para a HP
Essa cifra bilionária não é totalmente descabida para a HP, que anteriormente adquiriu o hardware Palm e seu sistema operacional webOS por US$ 1,2 bilhão em 2010. No entanto, a HP encerrou toda a produção e suporte relacionados à Palm no ano seguinte, citando baixas vendas. A propriedade do webOS agora pertence à LG.
Humane Não Responde Bem às Críticas
A Humane, liderada pelos ex-funcionários da Apple Imran Chaudhri e Bethany Bongiorno, não tem respondido bem às críticas sobre seu produto. A empresa chegou a atacar resenhas negativas por sua “falta de otimismo”. O AI Pin foi amplamente criticado por não corresponder às expectativas criadas, e a empresa posteriormente enviou e-mails aos clientes alertando que o estojo de carregamento do dispositivo “pode representar um risco de incêndio”.
Sabe, às vezes você lança um produto e ele simplesmente não deslancha como esperado. É a vida! Mas aí você se levanta, sacode a poeira e tenta de novo. Só que dessa vez, talvez com um pouco mais de gelo seco por perto para não deixar as coisas esquentarem demais, se é que me entendem? – Imran Chaudhri, CEO da Humane (provável citação fictícia)
Problemas Persistentes
Problemas de Superaquecimento
O display a laser do AI Pin fazia com que o dispositivo superaquecesse, com executivos da Humane anteriormente tendo que resfriar o aparelho com pacotes de gelo para mantê-lo funcionando por mais tempo, de acordo com o Times.
Demissão por Questionar o Lançamento
A empresa supostamente demitiu um engenheiro de software sênior em fevereiro por questionar se o pino estava pronto para ser lançado, o que o Times diz violar uma política que restringe os funcionários de falarem negativamente sobre a Humane.
Ignorando os Avisos
Funcionários antigos e atuais disseram à publicação que Chaudhri e Bongiorno ignoraram avisos sobre a baixa vida útil da bateria e o alto consumo de energia do AI Pin, preferindo “positividade sobre crítica”.
Vendas Decepcionantes
De acordo com o Times, a Humane havia recebido por volta de 10.000 pedidos para o AI Pin no início de abril, muito atrás da meta de 100.000 unidades que esperava vender neste ano.
Reconhecendo os Erros
Em uma entrevista para o Times, Bongiorno admitiu: “Você não sabe tudo antes de lançar”. Chaudhri acrescentou que eles “definitivamente gostariam de ter resolvido algumas dessas coisas um pouco diferente” em relação às críticas negativas sobre o AI Pin.
Conclusão: Um Futuro Incerto para a Humane
Com vendas decepcionantes, problemas técnicos persistentes e uma recepção crítica amplamente negativa, o futuro da Humane e de seu produto AI Pin parece incerto. A suposta oferta de venda para a HP por US$ 1 bilhão pode representar uma saída para a startup, mas também levanta dúvidas sobre se a HP estaria disposta a assumir os problemas existentes do AI Pin.
No final das contas, essa saga serve como um lembrete de que, mesmo com as melhores intenções e tecnologia de ponta, um produto deve atender às necessidades e expectativas dos consumidores para ter sucesso. A Humane pode ter aprendido essa lição da maneira mais difícil.